Tuesday, January 29, 2008

A Grande Muralha

Estar na China e não visitar a muralha é o mesmo que ir a Roma e não ver o Pápa! A sensação de visitar uma das sete maravilhas do mundo é fantástica ...

A muralha começou a ser construída em 700 a.c., e é a estrutura mais longa alguma vez feita pelo homem, com aproximadamente 6,500 km.


Ficam as imagens de
Mutianyu para mais tarde recordar.

Subida de teleférico (PC, Hugo) A casinha é já ali :)


O típico mercado chinês

Give people a common enemy and hopefully they will work together

A grande Firewall da China – O problema da Google

(Contributo para a newsletter Visão Contacto)
Num país onde 84% da população não utiliza a internet, a China é desde dezembro de 2007, a par dos EUA o país com maior número de internautas: 210 milhões.

Controlar algo como a internet com conteúdos tão diversificados e espalhado por tantos pontos do globo parece impossível. Mas na china, não é. Cerca de 35 mil net-polícias trabalham diariamente para garantir que conteúdos indesejáveis para o governo chinês sejam acedidos.

O governo utiliza um mecanismo extremamente eficaz de controle que dá pelo nome de “A grande Firewall da China”.

Existem dois métodos principais para controlar o acesso à rede: um filtro que verifica se a página a que o utilizador está a tentar aceder se encontra na “lista negra” do governo e um outro que verifica os termos que estão a ser pesquisados. Uma pesquisa por Tianamen num servidor situado na China não retorna qualquer resultado. Se o servidor se situar fora de território chinês, os resultados aparecem mas não podem ser consultados!

Até o gigante norte-americano Google teve de ceder a pressões do governo chinês. Em 2001, a Google lançou-se no mercado chinês. Com uma versão integral com suporte para mandarim e beneficiando do seu prestígio a nível mundial, a empresa começou por alcançar bons resultados. Até que, nos inícios de 2002 os seus sites tinham desaparecido.

Na China é normal que empresas nacionais apresentem queixas contra competidores directos com conteúdos ilícitos. O mercado dos motores de busca é completamente dominado pela Baidu, uma empresa fundada em 2001, originária de Pequim e com cerca de 50% de quota de mercado. A empresa capitalizou o interesse nacional por chats e inventou uma ferramenta que permitia aos utilizadores criarem grupos de discussão baseados nos termos mais pesquisados. Para além disso, os fundadores da empresa descobriram bastante cedo que os jovens utilizadores procuram maioritariamente por mp3 pirateados, tendo desenvolvido um interface específico para esse propósito.

Até hoje, a Google ainda não conseguiu descobrir quais as razões que levaram ao corte. Certo é, que passadas duas semanas, o bloqueio foi levantado, tão misteriosamente quanto tinha começado. Mas os problemas continuavam. A firewall diminuia a velocidade de tráfego em cerca de 15% e passava agora a retaliar sempre que um termo proibído era acedido, enviando uma mensagem que dava a entender que o site tinha desaparecido. Para a Google estes atrasos e encerramentos eram um problema real, já que um motor de busca tem de apresentar resultados em milisegundos.

A única solução possível era atacar o mercado dentro da China. Com a criação do Google.cn e os servidores em solo chinês, a Google evitava a Firewall, os resultados continuavam censurados mas chegavam mais rapidamente. A Google estava agora sujeita às leis chinesas. Uma pesquisa por um termo proibido indicava que, de acordo com as leis chinesas, a informação tinha sido removida. Isto valeu à Google um conjunto de manifestações e acusações. Os executivos da empresa foram inclusivamente chamados ao congresso americano e comparados a colaboradores nazis. As acções da empresa cairam e protestantes organizaram manifestações.

Aquando da criação da empresa, os fundadores descreveram a empresa como fiável e interessada no serviço público. Mas como pode uma empresa aclamá-lo, colaborando com um regime repressivo. A resposta é só uma: num mercado tão apetecível e lucrativo, era impensável para uma das maiores empresas mundias não marcar presença.


Money makes the world go around.

Friday, January 18, 2008

Mandarim - Lição 1

Quando estamos prestes a embarcar para um país diferente e longínquo, uma das coisas em que pensamos é na forma de comunicação. Algumas pessoas já me tinham dito que os chineses falavam inglês e que isso não seria problema!

Na verdade, salvo algumas excepções, os chineses têm dificuldade em falar inglês. Esforçam-se imenso, são cheios de boa vontade (parece que são eles os estrangeiros no seu próprio país) mas muitas das vezes, não se conseguem fazer entender! Assim sendo, resta a única solução possível: aprender
mandarim!


O mandarim é o dialecto mais falado no mundo. É baseado no dialecto que era falado em Pequim (Beijing), o pequinês.
  • Possui 80.000 caracteres, chamados de hanzis, dos quais 7.000 são mais usados.
  • Actualmente tem cerca de 885 milhões de falantes nativos.
  • É falado na China, Taiwan, Malásia, Singapura e outras comunidades chinesas espalhadas pelo mundo.
A aprendizagem do mandarim começa pelo pinyin. O pinyin é a maneira mais usual de representar os caracteres chineses no alfabeto latino. O pin é o "significado" e o yin é o "som"!

Depois do pinyin, seguem-se os tons! Os tons representam a entoação que se dá às palavras e é o que torna o mandarim um pouco mais complicado do que seria de prever! São 5 no total, sendo um deles neutro e os restantes ...

O primeiro tom diz-se prolongando o som da palavra, o segundo sobe ligeiramente, o terceiro é uma inflecção e o quarto e último consiste em deixar "cair" o som. Não é fácil, nada mesmo ... mas com tempo e muita prática vai lá :)

Uma mesma palavra com tons diferentes tem significados diferentes.

Learn to walk before you run

Génesis

Confesso ...

escolher o nome para um blog não é fácil!

Foi um parto difícil, mas ao fim de 2 meses e 2 dias, nasceu finalmente! :)

China for dummies (ou china para tótós) será um espaço para dar a conhecer um pouco dos costumes chineses e para relatar algumas das minhas aventuras por terras de oriente ...
oriente para nós portugueses ... porque para os chineses, a China é conhecida como Zhong Guo

Zhong significa meio e é o primeiro símbolo (uma peça dividida em duas partes iguais) e Guo significa Império ... portanto ... Império do Meio!

Actualmente não podia estar mais de acordo. Com a realização dos jogos olímpicos e o crescimento da economia chinesa, Beijing parece definitivamente o centro do mundo. Uma cidade que nunca se esgota, onde há sempre coisas novas a acontecer!

You never know what you have till it's gone